quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pablo Gandra, agora na equipe do cantor Eduardo Costa.

sábado, 23 de julho de 2011

GINO E GENO GRAVAM DVD EM ITUMBIARA

Mais de 130 profissionais e um helicóptero envolvidos


Marlene Gandra
JORNAL CANTARES
CRÉDITO DAS FOTOS: PABLO GANDRA











marlenecult@hotmail.com
jornal CANTARES

As gravações foram feitas pela Terra Produções, empresa do grupo Odair Terra, no Juninão de Itumbiara, no Estado de Goiás. Devido a tanta parafernália o palco não suportou. Um dos pés da estrutura cedeu e o teto ficou pendurado.
O mixer da dupla, Pablo Gandra, contou que estavam passando o som quanto o fato aconteceu. “Foi muito desespero, mas ninguém se machucou. O teto da estrutura metálica abaixou, mas deu tempo de todos correr. O DVD que deveria ter sido todo gravado em 28 de junho, ficou para o dia seguinte.”
Ele explica que a parte cenográfica foi refeita e a iluminação teve outro design. “Apesar do transtorno, o público compareceu em massa no dia 29 e o show foi uma festa. Só de Cuiabá, capital do Mato Grosso, fomos informados que haviam seis ônibus. Os sertanejos Gino e Geno e o sanfoneiro Xodó são muito queridos principalmente pelos adolescentes mato-grossenses”, conta o profissional do som.
Mesmo antes de o DVD sair, está sendo bastante divulgado, principalmente na Rádio Tropical 850 AM, de Porangatu, no Estado de Goiás, por Sotero Cavalcante e seu irmão Armindo Martins Cavalcante. Este último mora na cidade de Mem Martins, distrito de Lisboa em Portugal. “Daqui de Portugal falo todos os domingos, às 7h. Sou fã desta dupla mineira desde o início da carreira deles, há 40 anos. Estou empolgado com a gravação do novo DVD. Tudo o que eles cantam eu gosto. Dos ritmos, dos temas, dos duplos sentidos, da alegria que deles emana. Aquela dancinha deles já virou clichê. Toda a equipe é de primeira. Ressalto o nome de Pablo Gandra, que tem 28 anos de idade e faz um trabalho de nível internacional”, fala o radialista Armindo.

Este goiano explana que o sanfoneiro Xodó é uma atração à parte. “Fico impressionado como ele consegue tocar e dançar, simultaneamente, durante todo o show, pois a sanfona é bastante pesada. As apresentações sempre lotadas. A animação e boa dose de humor levantam o astral do público. As piadas de Xodó são muito engraçadas. É o melhor sertanejo malicioso do Brasil”, ressalta o escritor.

De Divinópolis, Minas Gerais, durante as gravações, falamos ao telefone com o empresário de Gino e Geno, Mauro Borges. Ele expõe que o povo de Goiás é muito caloroso. “No dia 29 tudo correu como planejamos e o DVD em breve estará nas lojas. Foi um dos melhores espetáculos. O calor do povo nos impulsiona a fazer a cada dia um trabalho de melhor qualidade. No dia 9 deste mês de julho, show no Parque de Exposições de Porangatu. Agradeço aos radialistas Sotero e Armindo pela intensa divulgação.”

 

Eita, Goiás!

 

Pablo Gandra, formado em Espanhol e graduando em Psicologia, expõe que está quase um cidadão goiano. “Cada época tem mais shows em determinada região. Nos últimos meses em Goiás. Mas tocamos bastante no Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, São Paulo, Pará e Espírito Santo. Vivemos a percorrer este Brasil. Fora os convites para turnês internacionais. É um privilégio fazer parte desta equipe.”
Devido aos inúmeros shows de Gino e Geno, neste ano de 2011, em Goiás, é que os cantores escolheram aquele Estado para gravar o novo trabalho.
A dupla reside em Divinópolis e é o orgulho da cidade. Sucesso internacional. Amados principalmente no Japão e Portugal. Tem fãs ardorosos também na França. O empresário português do setor de Transportes, que reside há quase 30 anos em Paris, José Teixeira Viera, ouve sempre as canções de Gino e Geno traduzindo-as simultaneamente para o francês.

Equipe

A troupe é formada por mais de 30 profissionais. Entre eles, Túlio Pellagio (bateria), Krill (guitarra, viola, violão, cavaquinho), Ronna (contrabaixo), Romerig (percussão), Xodó (sanfona); Rose, Dayse e Daysiane (backing vocals); Dolival Martins e Janinho (violões e vocais). Técnico de monitor: Claudinei Ribeiro. Técnico de luz, Paulinho; Michel de Sá, VJ. Assistentes de produção: André Luiz Rocha, Zé Erildo, Mateus, Júlio Cézar Nascimento, Maisena e Cristiano (Ticril). Na segurança: Two Baby (que é também secretário) e Carlos Vítor (Vitão). Motoristas: Wilson, Paraná, Divino e Silvério. Marcelo Graciano é o comandante do helicóptero da dupla.


No topo

Túlio Pellagio arrasou na bateria. “Estar numa banda famosa é gratificante. Agradeço sempre a Deus e ao grande público. Levo muito a sério minha profissão”, fala o músico de São Domingos do Prata, Minas Gerais.
O produtor Toninho (Antônio Neto) trabalha com afinco e há momentos que sua cabeça fervilha. “Nosso cotidiano é muito corrido. Mais de 20 shows por mês. Muito tempo sem voltar para casa. Faço de tudo para agradar aos expectadores. Exerço a função com alegria.”

sexta-feira, 8 de julho de 2011

PORTUGUESIA EM FAMALICÃO

Portuguesia em Famalicão

Evento internacional tem a curadoria e criação do brasileiro Wilmar Silva

Marlene Gandra
marlenecult@hotmail.com

Nos dias 2 e 3 de setembro de 2011, o Projeto Portuguesia levará 40 poetas portugueses e estrangeiros a Vila Nova de Famalicão, em Portugal, para debates não convencionais sobre a literatura experimental que acontece no mundo. O ator e escritor Wilmar Silva conta que a edição em Portugal é bancada pela Câmara Municipal de Famalicão. “O evento acontecerá na Casa Museu Camilo Castelo Branco - edificação onde viveu e suicidou-se o escritor Camilo Castelo Branco (Lisboa, 16 de março de 1825 – 1 de junho, 1890). E tem exclusividade, não podendo ser apresentado em outros países sem o acordo da Câmara. O museu tem como presidente Armindo Costa.”
Sobre parte do Projeto Portuguesia, que custou 100 mil reais, ele explica: “Pesquisei 101 autores de Portugal, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Brasil (Minas Gerais), in loco. Gravei com todos eles captando a expressão inovadora. Um CD de videopoemas vem encartado no livro Portuguesia (que é fragmento do amplo projeto). Meu objetivo é atingir todos os países de língua portuguesa.”
Diversos escritores portugueses e africanos estão conhecidos no mundo devido ao emprenho de Wilmar Silva na divulgação incansável. Há meses Luís Serguilha (Famalicão) roda o Brasil lançando o livro Koa’E. Jorge Melícias (Coimbra) também descobriu o Brasil através do projeto. Outro poeta que deixa o público encantado é José Luís Peixoto (Galveias, Portugal).

Biossonoro é o estilo de Wilmar

Na nomeada e experimental poesia biossonora o coração não sente. O cérebro é verbalizado, perspicaz. A linguagem é pintura. Vocábulos desconexos, dessequenciados, pulsos, impulsos. Ouvidos atentos. Poetas degradados se contorcem. Escribas que cantam com as duas mãos simultaneamente. O certo é errado. Os sons não usuais passeiam em células.
O intelectual relata que mesmo com tantas viagens no Brasil e exterior não pode abandonar o processo de criação em meio à turbulência. “O tempo é abstrato. Crio nas pautas. Poesia é cela. Tentativa de nos reumanizarmos. Impossível contagiarmos os outros se não nos integramos de forma visceral. Dramas humanos têm grau de parentesco. Regra existe até onde se concretiza. O poeta não tem pátria. Ele é a antena da raça”, explana o artista dos palcos e palavras.
Wilmar Silva expõe que nossas almas são representadas através de livros. “Acontecimentos da infância são determinantes no decorrer da vida. Relembrar a infância é se relembrar. Somos eternamente crianças. Somos nossa memória. E a criança brinca. Escolhi o alfabeto.”

Terças Poéticas

Há seis anos Wilmar Silva é curador das Terças Poéticas, evento que acontece nos jardins do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, Brasil. “Devemos ter inteligência para ocuparmos espaços disponíveis. Nunca recebemos menos de 100 pessoas. Duzentas edições catalogadas. É um público que ouve silenciosamente poesia. Todos os autores são recebidos igualmente, famosos ou não. Foi impossível não se emocionar quando a atriz Maria Fernanda, filha de Cecília Meireles, declamou poemas da sua mãe. O poeta Ferreira Gullar participou das Terças Poéticas logo após receber o Prêmio Camões em 2010.”

Wilmar Silva, domiciliado em Belo Horizonte, nasceu em Rio Paranaíba, Estado de Minas Gerais, em 30 de abril de 1965. Poeta, ensaísta, performer, editor, curador, artista visual e sonoro. Autor dos livros ANU, Estilhaços no Lago de Púrpura, Z a Zero, Astillas en el Lago de Púrpura e Yguarani. Editor da Anome Livros, Prêmio Jabuti/2009. Roteirista/apresentador do programa Tropofonia (Prêmio Roquette-Pinto/2010), Rádio Educativa 104,5 UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). 
 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Gino e Geno gravam DVD em Itumbiara

Mais de 130 profissionais e um helicóptero envolvidos


Marlene Gandra
marlenecult@hotmail.com
JORNAL CANTARES
Gino e Geno

O mixer PABLO GANDRA

As gravações foram feitas pela Terra Produções, empresa do grupo Odair Terra, no Juninão de Itumbiara, no Estado de Goiás. Devido a tanta parafernália o palco não suportou. Um dos pés da estrutura cedeu e o teto ficou pendurado.
O mixer da dupla, Pablo Gandra, contou que estavam passando o som quanto o fato aconteceu. “Foi muito desespero, mas ninguém se machucou. O teto da estrutura metálica abaixou, mas deu tempo de todos correr. O DVD que deveria ter sido todo gravado em 28 de junho, ficou para o dia seguinte.”
Ele explica que a parte cenográfica foi refeita e a iluminação teve outro design. “Apesar do transtorno, o público compareceu em massa no dia 29 e o show foi uma festa. Só de Cuiabá, capital do Mato Grosso, fomos informados que foram seis ônibus. Os sertanejos Gino e Geno e o sanfoneiro Xodó são muito queridos principalmente pelos adolescentes mato-grossenses”, conta o profissional do som.
Mesmo antes de o DVD sair, está sendo bastante divulgado, principalmente na Rádio Tropical 850 AM, de Porangatu, no Estado de Goiás, por Sotero Cavalcante e seu irmão Armindo Martins Cavalcante. Este último mora na cidade de Mem Martins, distrito de Lisboa em Portugal. “Daqui de Portugal falo todos os domingos, às 7h. Sou fã desta dupla mineira desde o início da carreira deles, há 40 anos. Estou empolgado com a gravação do novo DVD. Tudo o que eles cantam eu gosto. Dos ritmos, dos temas, dos duplos sentidos, da alegria que deles emana. Aquela dancinha deles já virou clichê. Toda a equipe é de primeira. Ressalto o nome de Pablo Gandra, que tem só 28 anos de idade e faz um trabalho de nível internacional”, fala o radialista Armindo.

Este goiano explana que o sanfoneiro Xodó é uma atração à parte. “Fico impressionado como ele consegue tocar e dançar, simultaneamente, durante todo o show, pois a sanfona é bastante pesada. As apresentações sempre lotadas. A animação e boa dose de humor levantam o astral do público. As piadas de Xodó são muito engraçadas. É o melhor sertanejo malicioso do Brasil”, ressalta o escritor.

De Divinópolis, Minas Gerais, durante as gravações, falamos ao telefone como o empresário de Gino e Geno, Mauro Borges. Ele expõe que o povo de Goiás é muito caloroso. “No dia 29 tudo correu como planejamos e o DVD em breve estará nas lojas. Foi um dos melhores espetáculos. O calor do povo nos impulsiona a fazer a cada dia um trabalho de melhor qualidade.”

 

Eita, Goiás!

 

Pablo Gandra, formado em Espanhol e graduando em Psicologia, expõe que está quase um cidadão goiano. “Cada época tem mais shows em determinada região. Nos últimos meses em Goiás. Mas tocamos bastante no Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, São Paulo, Pará e Espírito Santo. Vivemos a percorrer este Brasil. Fora os convites para turnês internacionais. É um privilégio fazer parte desta equipe.”
Devido aos inúmeros shows de Gino e Geno, neste ano de 2011, em Goiás, é que os cantores escolheram aquele Estado para gravar o novo trabalho.
A dupla reside em Divinópolis e é o orgulho da cidade. Sucesso internacional. Amados principalmente no Japão e Portugal. Tem fãs ardorosos também na França. O empresário português do setor de Transportes, que reside há quase 30 anos em Paris, José Teixeira Viera, ouve sempre as canções de Gino e Geno traduzindo-as simultaneamente para o francês.

Equipe

A troupe é formada por mais de 30 profissionais. Entre eles, Túlio Pellagio (bateria), Krill (guitarra, viola, violão, cavaquinho), Ronna (contrabaixo), Romerig (percussão), Xodó (sanfona); Rose, Dayse e Daysiane (backing vocal); Dolival Martins e Janinho (violões e vocais). Técnico de monitor: Claudinei Ribeiro. Técnico de luz, Paulinho; Michel de Sá, VJ. Assistentes de produção: André, Zé Erildo e Ricardo. Secretário da dupla: Two Baby (que trabalhou durante muitos anos com a apresentadora Xuxa e com o cantor Leonardo). Na segurança, Vitão. Wilson e Paraná conduzem o ônibus; Divino e Silvério. Paraná e Wilsom conduzem a carreta com muitas toneladas de equipamentos. Os cantares viajam no helicóptero comandado por Marcelo Graciano.


No topo

Túlio Pellagio arrasou na bateria. “Estar numa banda famosa é gratificante. Agradeço sempre a Deus e ao grande público. Levo muito a sério minha profissão.”
O produtor Toninho trabalha com afinco e há momentos que sua cabeça fervilha. “Nosso cotidiano é muito corrido. Mais de 20 shows por mês. Muito tempo sem voltar para casa. Faço de tudo para agradar os expectadores. Exerço a função com alegria.”

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O poder da babosa


Escritor gaúcho fala sobre os benefícios da planta

                                                                                               crédito: Marlene Gandra


 
Marlene Gandra

O frei franciscano Romano Zago nascido em 11 de agosto de 1932 em Batuvira/RS, é autor de diversos livros, dentre eles, ´Câncer tem Cura!` e ´Babosa não é Remédio...mas Cura!`, conhecidos internacionalmente. Ele garante que a babosa é cura para todos os males, porque depura o organismo. “Com o corpo resistente, a doença não entra”, afirma o escritor.
A receita da babosa com mel e bebida destilada não foi criada por ele e sim por uma santa suíça. “Hoje sou dono da receita mundialmente conhecida porque a passei adiante. Quando ela chegou aos meus ouvidos, ao meu conhecimento, eu pensei: Não acredito. Com esses milhões de dólares investidos no mundo com o tratamento do câncer, uma plantinha dessas, mel de abelha e bebida destilada vão curar esta doença?”, indagava o frei.
Um dia ele foi chamado a ungir um senhor que estava com câncer de próstata, num hospital, e segundo os médicos o paciente não passava daquela semana. “Estava feio, amarelo feito defunto e com a voz por um fio. Eu disse a mim: Vou salvar este enfermo. E apliquei a receita. Os médicos deram alta para ele. O doente falou: ´O remédio do padre não deixo de tomar`. Já em casa, fazia uso da receita de manhã, tarde e noite. Uma semana depois fui visitá-lo. Fiquei surpreso ao vê-lo com os olhos espertos e com a cor boa. A partir daquele momento é que comecei a acreditar no poder curativo desta planta. Fiz outras aplicações e salvei milhares de pessoas”, conta satisfeito.
Romano Zago, que reside no Estado do Rio Grande do Sul, comemorou 76 anos de idade e 50 de vida sacerdotal este mês em Divinópolis. Não toma remédio. “Cuido-me. Minha alimentação é racional. Salada e um aminoácido (arroz, feijão, batata etc.). Tomo 10 frascos da receita de babosa por ano”.
A planta deve ser colhida antes de o sol nascer. “A luz solar não elimina, mas reduz propriedades medicinais contra o câncer. A luz artificial também. Se for para tratamento preventivo as folhas podem ser colhidas a qualquer hora. Este tratamento alternativo contra o câncer tem que ser feito 100%”.
Em 1991, frei Romano partiu para a Terra Santa. “Apesar de ser Terra Santa, as pessoas também têm câncer. Mas felizmente lá tem muita babosa. Apliquei a receita e funcionou como no Brasil. Encorajei-me e fiz um artigo na revista dos franciscanos na custódia de Terra Santa que saiu nos idiomas italiano, português, espanhol, francês, inglês, árabe e alemão. A partir daí a receita tornou-se universal”, diz o escritor.
A babosa busca no sol todo seu potencial e a planta faz bem aos lados físico e psicológico. “É analgésico e tem poder cicatrizante. Se a pessoa caiu e está com um ´galo`, coloca a babosa, pronto. No corte, ela estagna o sangue. É só colocar um pedaço da planta sob um esparadrapo, no outro dia a pessoa não sente que está ferida. Em dois dias o machucado está cicatrizado. A planta é também ótima para a mente”.
Quem está com câncer deve fazer uso da babosa no intervalo da visita médica e pedir ao profissional os mesmos exames quando retornar. “Há três hipóteses: O portador da doença pode estar curado; o câncer não progrediu; e a doença pode ter evoluído. Neste último caso dobre a dose. Recomendo: Antes de fazer radioterapia, quimioterapia ou retirar parte do seu corpo, faça uso da babosa. A quimioterapia desmonta a pessoa: provoca a queda do cabelo, secura na boca, vômito. Esses são só alguns dos sintomas”.

Crianças e diabéticos

Aos três meses de vida as crianças podem começar com uma gota. E todo dia vai aumentando uma gota até chegar à colher de café. Uma criança até 10 dez anos deve tomar uma colher de chá. Quanto aos diabéticos, eles podem fazer uso. “O mel não é problema. Se for bom, pode usá-lo. Cuidado! Tem mel feito em casa. Se a pessoa for ao médico ele vai dizer que diabético não pode fazer uso do mel. Existe uma receita muito antiga para curar diabetes, com mel. O produto quanto mais velho, melhor. Uma colher de manhã, em jejum. Não importa se o mel é de eucalipto, pessegueiro, laranjeira, desde que seja feito por abelha”, explica Romano.

Ingredientes:

 500 gramas de mel de abelha.
 350 gramas de folhas de babosa (aloe arborescens), duas, três, quatro, cinco folhas, até atingir tal peso, aproximadamente.
40-50 ml de bebida destilada (cachaça de alambique, wisky ou conhaque).

Procedimento:

Remover as serrilhas de espinhos das bordas das folhas, bem como o pó ou outra impureza qualquer ali depositada, usando pano seco ou esponja. Sem tirar a casca, cortar as folhas em pedaços e jogá-las no liquidificador, junto com o mel e o destilado escolhido. Bater os três elementos. Sua receita está pronta para o consumo. Não filtrar nem ferver. Conservar o preparado obtido em lugar fresco ou na geladeira, de preferência, em frasco escuro e bem fechado, protegendo-o da luz do sol ou da luz artificial.

Posologia:

Depois de agitar bem o frasco, a fim de misturar os elementos, toma-se uma colherada das de sopa, (10 ml), 20 minutos antes das três principais refeições do dia.
O tratamento deve durar, no mínimo dez dias. Passando tal prazo, se restou pequena quantidade, termine o conteúdo do frasco.

Contatos com o escritor através do e-mail freiromanozago@bol.com.br

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DITADURA

AI-5 – Em nome da Segurança Nacional
Anos de Chumbo e Era dos Desaparecidos

crédito: Marlene Gandra
Marli vivenciou a ditadura...em silêncio



A artista plástica Marli Rodrigues conta um pouco dos acontecimentos

Marlene Gandra

O AI-5 (Ato Institucional 5) foi decretado no dia 13 de dezembro de 1968, pelo general Costa e Silva (presidente militar do Brasil). Naquela data os militares fecham o Congresso, cassam os mandatos eletivos, intervêm nos Estados sem limitações, confiscam bens, suspendem direitos políticos e baixam a censura, fecham jornais; manifestações artísticas sofrem severas repressões, representatividades de classes são extintas, líderes cassados e presos.
A artista plástica Marli Rodrigues viveu esta época de perto. “Ser estudante era uma profissão perigosa. Eu participava, em 1968, do Grupo de Teatro do Estudante da UED (União Estudantil de Divinópolis), que tinha Osvaldo André de Mello como diretor. Eu estava distribuindo panfleto da peça Alguma Coisa de Grave Vai Acontecer em Divinópolis, e fui presa, ouvida e liberada”, diz Marli.
Em 1976, a artista foi para São Paulo, fugindo da repressão, pois o grupo teatral havia se dissolvido. “Através de concurso passei a integrar o corpo executivo da Caixa Econômica do Estado de São Paulo, tendo como clientes pessoas que conhecia só de nome, que faziam parte da repressão em todo o país, como o maior carrasco da ditadura, delegado Luiz Sérgio Paranhos Fleury, que criou O Cargo de O Coveiro Secreto do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) – destacando um oficial para enterrar suas vítimas em cemitérios clandestinos. O maior deles fica em Perus, São Paulo Capital; Coronel Erasmo Dias, ferrenho opositor dos sindicalistas; o legista Harry Shibatta, que assinava as certidões de óbito dos torturados, inclusive foi o que assinou a de Wladimir Herzog, jornalista e diretor da TV Cultura – torturado e morto no DOI-COID paulista. A Caixa era o agente pagador dos funcionários públicos do Estado. A agência bancária ficava ao lado do DOPS e recebia tributos e autorização de porte de armas”, conta a artista plástica.
Ela expõe que o delegado Fleury reinou absoluto de 1964 a 1979. “Nas suas mãos as pessoas conheciam o horror e a morte em cárceres privados. Torturas e extermínios. Era o comandante do Esquadrão da Morte: pau-de-ararra, cadeira de dragão, choques elétricos, corpos amarrados pelo pescoço, mergulhados em cisternas geladas, pois São Paulo era mais fria que hoje. As mulheres eram estupradas, mortas. Eram colocados ratos em seus úteros”, conta a artista, sobre relatos que ouvia dos familiares das vítimas.
Marli fala que “este inferno existiu. Tinha nome e endereço: Rua Mauá, 61, Campos Elíseos, Centro Velho de São Paulo. Construção de 1914, tem 8.500m quadrados. O local funcionou como Estação de Ferro Sorocabana nos anos 30. Posteriormente ocupada pelo DOPS. Como dizia o jornalista Boris Casóy, a “Casa do Lúcifer”. O DOPS funcionou como braço forte da repressão. Tudo era feito em nome da Segurança Nacional. No departamento eram presos sempre os homens. As companheiras dos presos políticos, idealistas e militantes tinham endereço certo para serem presas, torturadas, estupradas e mortas: Avenida Tiradentes, 451, Bairro da Luz, São Paulo capital. Em frente, está o Batalhão Tobias de Aguiar. A penitenciária foi destruída e atualmente, neste endereço, existe a agência modelo da CAIXA, hoje, Nossa Caixa, Nosso Banco, da qual fui gerente-executiva de 1981 a 1994. A construção é moderna e futurista, com cimento e vidros. Local que enterra tantas maldades. Mas foi conservado o portal soberbo do presídio, por onde adentraram as vítimas para nunca mais sair vivas.”
Hoje, há luz nos porões do DOPS, que produziram muito horror, funcionando a Pinacoteca do Estado de São Paulo, para aqueles que desejam conhecer ou esclarecer e muitos vão para relembrar seus entes queridos. “Lá estão expostos mandados judiciais de busca e apreensões de artistas, políticos e militantes, até ´um tal de Buarque`, - por causa da peça Roda Viva; ´um tal de Adoniran Barbosa – vetando sua música Tiro ao Álvaro; ´um tal de Veloso` - se referindo ao exilado Caetano; Gilberto Gil, Geraldo Vandré (autor de Pra não Dizer que Não Falei das Flores). A música O Bêbado e o Equilibrista – vetada por fazer menção a fatos da ditadura, a Wladimir Hezorg – mencionando o nome de Clarice, sua esposa”, relata Marli Rodrigues.
Os militares criaram frases que enchiam o imaginário dos brasileiros: “Este é um país que vai pra frente”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “Pra frente Brasil.”
Um dos ditadores militar, ex-presidente do Brasil disse: “A economia vai bem, o povo vai mal.” O outro presidente do Brasil, o militar João Batista Figueiredo diz: “Prefiro cheiro de cavalo a cheiro de povo.”

A Igreja

Em 1978, com a morte de Wladimir Hezorg, levanta-se uma bandeira em defesa dos presos e desaparecidos. “Uma das mais firmes oposições à Ditadura Militar é engendrada pela Igreja Católica. O bispo Dom Evaristo Arns (de São Paulo) e o rabino Henry Sobel (São Paulo) promovem um culto ecumênico na Praça da Sé, com grande repercussão no país. Um ato público de protesto. O primeiro de massas, com mais de 10 mil pessoas, desde o AI-5. Em Pernambuco, o arcebispo Dom Helder Câmara ( “Bispo Vermelho”) passa a enfrentar a polícia e ditadores, em favor dos militantes políticos”, explica Marli.

Ditadura Militar

Instaurada por Getúlio Vargas, que cria o Estado Novo em 10 de dezembro de 1937, regime que dura até 1945. “No início da década de 60, o Brasil enfrenta período de instabilidade econômica e política, com justificativa de estabelecer a ordem, os militares deram golpe para tomar o poder. O cenário a seguir culmina com o regime militar imposto em 1964. Tomou-se a terrível feição da ditadura. Começa a história dos anos de chumbo, com a decretação do AI-5. E entra a Era dos Desaparecidos.

Ex-presidente Lula

O sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva amargou dias preso no DOPS, em 1978. “Teve licença para sair, escoltado e algemado, para ver o sepultamento de sua mãe. O atual deputado federal José Genoino (PT), que tinha o codinome “Guerrilheiro” , fazia, naquela época, parte da cúpula do PT. Ele também conheceu os porões do DOPS. Carlos Marighella, fundador da Organização Aliança Libertadora Nacional, um dos mais importantes militantes contra a ditadura, é morto numa emboscada comandada pelo delegado Fleury, em São Paulo. Maria Amélia de Almeida Teles, militante do PCdoB paulista é barbaramente torturada no DOI-COID paulista no DOPS, por Fleury”, conta Marli Rodrigues.      

domingo, 23 de janeiro de 2011

FÓRUM DAS LETRAS DE OURO PRETO 2010

CRÉDITO DAS FOTOS: MARLENE GANDRA


A presidente da Confraria Cultural Brasil-Portugal, Fátima Quadros, e a escritora portuguesa Margarida Paredes


O moçambicano Mia Couto autografou seu livro após proferir palestra




Mia Couto e Margarida Paredes

Expressões da literatura contemporânea africana e portuguesa no Fórum das Letras de Ouro Preto


*Marlene Gandra
marlenecult@hotmail.com

O biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, filho de portugueses, esteve no Fórum das Letras de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, no dia 15 de novembro de 2010, e explanou sobre o tema Escrita, Liberdade e Transformação do Mundo. E Margarida Paredes, nascida em Coimbra, Portugal, que debateu o assunto: Minha Guerra Alheia: Mulheres Guerreiras, na Vida e na Literatura. O evento aconteceu no Cine
Vila Rica.
Mia Couto relata que é comovente a África vencer a lonjura, não só geograficamente, mas culturalmente. “Estou tão longe do meu país e ao mesmo tempo estou em casa. A literatura pode nos ajudar a questionar perante o mundo. Convida-nos a conhecer outros mundos. Haverá outros figurinos. Gostaria que houvesse uma coisa mais íntima, mais próxima”, fala o escritor que trabalha no intuito de diminuir o sofrimento do povo africano.
O autor diz que somos um conjunto de bactérias (isto está no nosso DNA) e que isso nos ajuda a centrar no resto. “Mais que salvar a terra deve-se valorizar as bactérias, principalmente as feias; a biodiversidade. Não só escrevo, mas trabalho nesta área. Viajo por todo Moçambique. É preciso entender o aquecimento global, as enchentes, enxurradas. Houve um descuido: as florestas foram dizimadas com os rios”, confessa o moçambicano que fala ter dificuldades em se considerar escritor. “Sou um produtor de histórias. E quero não empobrecer, não ter nada para contar.”
O biólogo diz que a terra é um ser vivo. “Salvando a nós, salvamos a terra. Salvar o projeto planetário humano é preciso. Apenas 5% é visível, existem as bactérias. O desafio é redefinirmos nossa relação com a natureza. Um novo olhar conseguido através da arquitetura. Um olhar capaz de escutar. A África ensina a escutar. Demorou um milhão de anos para chegarmos a um milhão de pessoas. Precisamos repensar nossas atitudes.”
  
Margarida Paredes

A autora de único livro (Tibete de África), Margarida Paredes, nasceu em Coimbra, em 1953. Em 1973, deixou, espontaneamente, Portugal, para lutar na Guerra Colonial, na África. “Muitos me chamam de traidora. Sou uma portuguesa que lutou pela independência de Angola (que era colônia portuguesa até 11 de novembro de 1975) ao lado do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Lutei contra meu
país.”
E afirma que o MPLA foi um espaço para ela exercer sua rebeldia. “Tive a reconfigurar a questão da revolução. Tive a pensar. Resolvi apostar na mulher. Em Angola os homens estão a se destruir. A mulher aproveitou até chegar ao poder. A mulher na soberania. Descobri uma comunidade de mulheres lindas pelo sofrimento. As mulheres não mudaram só com a guerra. Mulheres-polícia, mulheres-jornalistas, estão a influenciar o mundo. Em relação à escrita das mulheres, as mulheres na guerra, inventar é criar novo espaço. A literatura é luta.”
Margarida Paredes ressalta que para muitas mulheres a guerra foi uma oportunidade. “Oportunidade de luta pela igualdade. Elas têm outra visão do mundo. Estudaram. Muitas foram assediadas. Se casaram evitando que fossem discriminadas pela sociedade. Enfim, a guerra é uma epopeia perigosa. É heróica, inglória”, diz a escritora.
Depois da independência abandona o Exército Angolano e desenvolve trabalho cultural com crianças-soldado e órfãos de guerra. Regressou a Portugal em 1981. Domiciliada em Lisboa, vive em constantes viagens culturais pela Europa e África. Conhece bem o Brasil. Diz que não tem pátria definida.   
Explica que o idioma português está ganhando mais espaço em Angola. “Enquanto uma mãe fala até seis idiomas, o filho fala apenas o português.”
Destaca que é filha do Império Português. “Sou muito bem resolvida. Não tenho problema de deslocamento. Sou africana, portuguesa e brasileira. Venho de Coimbra. Estou muito castigada. Talvez esta seja a direção que eu escolha para tirar cultura. Uma literatura multirracial. Pertenço a um momento histórico em favor da África. O Imperialismo não marcou só Portugal, mas também a África. Apesar de ser filha de um Império, sou filha também da África.”

Confraria Cultural Brasil-Portugal

A presidente da entidade, Fátima Quadros, foi ao Fórum das Letras de Ouro Preto exclusivamente para conhecer Mia Couto e Margarida Paredes. “É uma honra conversar com estes dois escritores. Falei com eles sobre a Confraria Cultural Brasil-Portugal. E que terei satisfação em recebê-los em minha casa se algum dia puder vir a Divinópolis, como já fizeram os portugueses Tony Correia (ator) e Carlos Alberto Alves (jornalista). Carlos, inclusive, recebe, neste mês de dezembro, homenagem da imprensa portuguesa, em Lisboa, pelos seus 46 anos de profissão. Fiz questão de falar, também, sobre o Jornal Cantares, que sempre apóia não só a Confraria Cultural Brasil-Portugal, mas a classe artística em geral”, relata a mais portuguesa das brasileiras, a escritora Fátima Quadros.
Destacando que Fátima ama tanto Portugal que a decoração de sua casa é toda em estilo português.



*Pertence à Academia Divinopolitana de Letras e à Confraria Cultural Brasil-Portugal