A chefe da Biblioteca Ataliba Lago, Márcia Cecílio, é a idealizadora do evento
*Marlene Gandra
marlenecult@hotmail.com
Um encontro de intelectuais aconteceu às 18h do dia 26 de outubro na Biblioteca Pública Municipal Ataliba Lago, à Rua Rio de Janeiro, 1160, no centro de Divinópolis.
Conforme explicou a chefe do Setor, Márcia Cecílio, este tipo de reunião acontecerá, periodicamente, até o Centenário de Divinópolis, em 1 de junho de 2012. “Neste município existem excelentes escritores. Nada mais justo que esta homenagem aos que tecem a história de Divinópolis. Pensei em diversas formas de destacar estes nomes, e formatei este tipo de encontro que acontecerá, outras vezes, com discussões temáticas”, relata Márcia Cecílio.
O Chá Literário contou com as presenças do secretário municipal de Cultura, Bernardo Rodrigues, do músico Marcelo Montenegro, do diretor do Teatro Gravatá e agente cultural, Sérgio Resende; da historiadora Batistina Corgozinho, da vereadora e mastologista Heloisa Cerri e de sua assessora Íris Moreira; dos acadêmicos da ADL (Academia Divinopolitana de Letras): Aparecida Camargos, Fátima Quadros, Zoroastro, Elizabeth Quadros, João Carlos Ramos, Elizeu Ferreira, Augusto Fidélis, Rosa de Freitas, Paulo Milagre, Manoel Ferreira do Amaral, Guilherme Sanches, Edson Gonçalves Ferreira e Vinicius Peçanha.
Explanações
Heloisa Cerri falou sobre a Lei Municipal 6956, de 12.3.2009, projeto de sua autoria, que institui a Semana do Livro e dos Escritores de Divinópolis. “Luto para que o Executivo dê destaque a esta lei em favor dos escritores desta cidade. Toda quinta-feira, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Divinópolis (Rua São Paulo, 277, centro), apresento livro de um escritor que desenvolve ou desenvolveu seu trabalho neste município. Não importa se aqui nasceu. O que conta é que estas pessoas elevam o nome desta sociedade. A partir de 2011, a caminho do centenário da emancipação político-administrativa de Divinópolis, que os laços entre intelectuais, Legislativo e Executivo, sejam mais fortes”, almeja a vereadora.
A assessora de Cerri, Iris Moreira, complementa: “Não existe cidade sem história. A Lei EM-6956 exalta os que tecem a história de Divinópolis.”
A acadêmica Aparecida Camargos destacou a importância da Confraria Cultural Brasil-Portugal, que tem a escritora Fátima Quadros na presidência. “É a classe feminina na construção desta metrópole.”
O secretário municipal de Cultura, Bernardo Rodrigues, esclarece que a Ataliba conta com mais de mil novos títulos. “A biblioteca abrirá também a internet para que o usuário consulte as
obras.”
Ele falou do projeto Livro, Leve e Solto, em parceria com a ADL. “Estamos recolhendo livros. Estes exemplares serão carimbados e deixados em igrejas, praças, ônibus e outros locais públicos. O leitor leva a obra para casa, lê, e deixa noutro lugar de Divinópolis ou outras cidades. Formando assim um círculo de leitura e divulgação dos escritores”, afirma Rodrigues.
Bernardo citou também o cinema como forma cultural. “Não só as palavras, mas as diversas linguagens contribuem para a evolução intelectual. O cinema é forma prazerosa de aprendizado. Um caminhão, em outubro, ficou na Praça Governador Benedito Valadares, propiciando este lazer ao público. E nos próximos anos isso deverá ser intensificado. Qualquer forma de leitura é dignificante. Cito também o movimento Barkaça, onde um grupo lança ideias e formas literárias de fácil acesso aos leitores. Um jogo de imagens e palavras”, fala o secretário, frisando que em breve banners com textos de autores de Divinópolis ficarão expostos na Ataliba, teatro, praças e escolas.
Morte do presidente da AML
Aparecida Camargos, representando a ADL (Academia Divinopolitana de Letras), que tem como presidente Célio Tavares, deu a notícia da morte do presidente da AML (Academia Mineira de Letras), Miguel Augusto Gonçalves de Souza, de 84 anos. Ele faleceu na terça-feira, 26 de outubro, no Hospital Life Center, em Belo Horizonte. Seu corpo foi enterrado em Itaúna/MG, terra natal do escritor. “Ele havia assumido a presidência da AML depois do falecimento de Murilo Badaró, em junho de 2010. Perdemos dois presidentes da Mineira este ano”, lamenta a acadêmica.
*Pertence à Academia Divinopolitana de Letras e à Confraria Cultural Brasil-Portugal
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